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Felipe Cabral, do canal "Eu Leio LGBT", participou do quadro Dicas de Leiturinhas



Felipe Cabral, criador do canal "Eu Leio LGBT, participou no dia 10 de junho da atividade "Dicas de Leiturinhas: livros LGBTQIAP+ para crianças". Ele, que também é escritor, ator, roteirista e compartilha dicas de livros com protagonismo LGBTQIAP+ em seu canal no YouTube, listou durante o bate-papo algumas obras, como "Meu maninho é uma menina", de João Paulo Hergesel; "A princesa e a costureira", de Janaína Leslão; e "Mãe não é uma só, eu tenho duas!", de Nanda Matheus e Raphaela Comisso.


Segundo o escritor, as obras foram listadas porque apontam importantes visões para as crianças. "Uma princesa pode não gostar de um príncipe, mas sim de outra princesa. Que um menino que sempre se viu como uma menina, pode ser quem sempre foi. Que famílias não são apenas compostas por um pai e uma mãe. É muito lindo ler uma fábula de castelos e princesas com uma história de amor entre duas mulheres ou uma relação entre duas irmãs, em que uma delas é uma menina trans descobrindo sua própria identidade. Se ver nas histórias é se sentir pertencente ao mundo", destacou.


O ator ressaltou ainda que é importante inserir a literatura LGBTQIAP+ na vida das crianças porque a literatura infantil tradicional traz histórias em que o príncipe se casa com a princesa e as famílias retratadas têm um pai e uma mãe. "Mas onde estão representadas as famílias com dois papais e duas mamães ou que um príncipe que se apaixona por outro príncipe?", questionou.


Para Felipe Cabral, compartilhar as diversas composições familiares com as crianças é uma forma de naturalizar essas relações. "Temos que mostrar que família é amor, independente de qual seja sua formação. É ensinar o respeito à diversidade. É gerar o sentimento de empatia com o outro", alerta.


O roteirista, que já escreveu para novelas como "Bom Sucesso" e "Totalmente Demais", confessa que sempre foi um leitor voraz das histórias da "Turma da Mônica", disse que nunca se viu representado em nenhuma história com personagens LGBTQIAP+. "Quando era criança, eu não conseguia elaborar o que estava sentindo. Talvez, se eu tivesse visto um personagem que passasse pelos mesmos conflitos internos que os meus, eu teria me identificado com ele e me aceitado mais rapidamente como um garoto gay", lembrou.


Esse carioca de 35 anos que terá seu 1º romance, "O primeiro beijo de Romeu", lançado neste 2º semestre pela Galera Record, mostrou que essas histórias existem, são legais e diversas. "As pessoas reagem com surpresa quando descobrem esses livros infantis e correm para ler para seus filhos e filhas", concluiu.


A atividade foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da Fundação. Para conferir todas as dicas de Felipe Cabral, o link do encontro está disponível no início do texto 👆🏻 e também em nosso canal do Youtube.


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